22/09/2012, Sábado - Horário 19:30
Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 111min
Ano: 1966
País: Itália/Inglaterra
Gênero: Drama
Direção: Michelangelo Antonioni
Produção: Carlo Ponti
Roteiro: Michelangelo Antonioni
Tonino Guerra
Música: Herbie Hancock
Direção de Fotografia: Carlo Di Palma
Montagem: Frank Clarke
Direção de Arte: Assheton Gorton
Figurino: Jocelyn Rickards
Elenco: Vanessa Redgrave
Sarah Miles
David Hemmings
John Castle
Jane Birkin
Gillian Hills
Peter Bowles
Veruschka
Yardbirds
Fonte: IMDB e WIKI
O filme gira em torno de um fotógrafo de moda londrino chamado Thomas (Hemmings), que numa manhã, após passar a noite fazendo fotografias para um livro de arte numa casa de cômodos, volta para o estúdio atrasado para uma sessão de fotos com a supermodelo Veruschka (em seu próprio papel), passa por um parque da cidade e fotografa um casal. A mulher das fotos, Jane (Redgrave), furiosa de ser fotografada, o segue até seu estúdio e exige os negativos de Thomas, que lhe devolve um filme virgem. Curioso com a atitude, ao fazer seguidas ampliações (blow-ups) de suas fotos no local, apesar da grande granulação provocada nas imagens em preto e branco, descobre o que acredita ser um corpo e uma mão apontando uma arma entre os arbustos do parque.
Alguns artistas já conhecidos em 1966 aparecem no filme, outros se tornariam celebridades depois dele. The Yardbirds, a primeira banda conhecida de Jimmy Page e Jeff Beck, faz uma apresentação num clube londrino e Antonioni pediu a Beck que refizesse a cena de Pete Townshend, do The Who, destruindo suas guitarras e amplificadores no palco, ato pelo qual o cineasta era fascinado. Veruschka, modelo já famosa na Europa, que intepreta a si mesmo, depois do filme se tornaria uma celebridade em todo mundo.
A revista TIME chamou-o de "vibrante, tenso e excitante e uma brusca mudança criativa na carreira de Antonioni" prevendo que ele seria "o mais popular de todos os filmes" já feitos pelo cineasta. Bosley Crowther, do New York Times , fez uma resenha chamando-o de "fascinante, um filme que tem algo real para dizer sobre a questão de envolvimento pessoal e do compromisso emocional, meio-viciado num mundo tão cheio de estímulos sintéticos que os sentimentos naturais são esmagados". Até o grande cineasta sueco Ingmar Bergman, que normalmente não era entusiasta da carreira de Antonioni - por ironia, os dois viriam a morrer exatamente no mesmo dia - reconheceu sua importância: "Ele fez duas obras-primas, o resto não importa: A Noite, principalmente pelo trabalho da jovem Jeanne Moreau e Blow-Up, que vi diversas vezes."
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