segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Rio, 40 Graus

20/08/2011, Sábado - Horário 19:00



















Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 90min
Ano: 1955
País: Brasil
Gênero: Drama


Direção e Roteiro: Nelson Pereira dos Santos
Direção de Fotografia: Hélio Silva
Direção de Som: Amedeo Riva
Montagem: Rafael Justo Valverde

Elenco: Roberto Battaglin.........Pedro
             Glauce Rocha..............Rosa
             Jece Valadão..............Miro
             Ana Beatriz.................Maria Helena
             Modesto de Souza......o proprietário da terra
             Cláudia Morena..........Alice
             Ivone Miranda
             Antônio Novais

          "Num domingo carioca, a vida é retratada através de cinco pequenos vendedores de amendoim. Em Copacabana, Pão de Açucar, Corcovado, Quinta da Boa Vista e Estádio do Maracanã, pontos turísticos da cidade, eles procuram compradores para seus produtos. O calor escaldante de 40 graus acaba por unir as aflições dos moradores humildes, que buscam algo de melhor para suas vidas. Depois de um dia atribulado, a alegria de viver toma conta de suas vidas, quando participam do ensaio geral das Escolas de Samba."

Fonte: Cinemateca Brasileira





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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Juventude Transviada (Rebel Without a Cause)

31/08/2011, Quarta-Feira - Horário 20:00




















Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 111min
Ano: 1955
País: EUA
Gênero: Drama

Direção: Nicholas Ray
Roteiro: Stewart Stern
Produção: David Weisbart
Música: Leonard Rosenman    
Direção de Fotografia: Ernest Haller
Montagem: William H. Ziegler  

Elenco:
James Dean .............Jim Stark
Natalie Wood .........Judy
Sal Mineo ...............John Crawford (Plato)
Jim Backus .............Frank Stark
Ann Doran .............Sra. Stark
Corey Allen ............Buzz Gunderson
William Hopper ......Pai de Judy
Rochelle Hudson ....Mãe de Judy
Dennis Hopper .......Goon

Fonte: IMDB



          "Como seu filho Jimmy acaba arranjando confusão em todos os colégios em que é matriculado, os Stark vivem mudando de cidade em cidade para livrar o filho das más influências. Mas, recém-chegado à nova cidade, Jimmy já é levado para a delegacia por bebedeira e vadiagem. Lá ele conhece Judy, uma adolescente que não consegue mais conviver pacificamente com seu pai. A empatia entre os dois jovens é mútua. No dia seguinte, na escola, Jimmy desperta ciúmes em Buzz, namorado de Judy, e é chamado para resolver a rivalidade num racha de carros que acaba tendo um desenlace fatal. Assustados, Jimmy e Judy escondem-se com o menino Plato numa mansão abandonada, onde tentarão conviver como uma família, na ausência de outra."

          "Juventude Transviada é um marco na arte contemporânea. É a primeira vez na história das formas sensíveis de expressão em que existe uma fissura irremediável entre os filhos e seus pais, entre jovens e velhos, de forma que é completamente impossível a um compreender o outro. É possível fazer toda uma história dos desenvolvimentos culturais da segunda metade do século XX baseado apenas nessa fissura: foi ela que deu o rock’n’roll, os movimentos de Maio de 68 na França, a luta contra o Vietnã nos Estados Unidos, toda espécie de organizações de contracultura e, ainda com reflexos hoje, a liberalização dos costumes sexuais e de comportamento."
          "Nascido em 1911 mas só tendo começado a fazer cinema depois do término da Segunda Grande Guerra – seu primeiro filme data de 1948 –, Nicholas Ray se torna rápido um diretor com marcas distintivas fortes. É um mundo de heróis frágeis, palpáveis, que tentam sobreviver num mundo cuja chave de decifração eles não detêm. Nesse mundo, a onipresente violência física e mental convive com a possibilidade de uma paixão arrebatadora e irrestrita. Em Juventude Transviada, Nicholas Ray encontra um ator perfeito para designar todos os estados de espírito com os quais mais gosta de trabalhar: James Dean é ao mesmo tempo um rosto de bebê abandonado pela vida e, inversamente, a possibilidade de uma explosão de violência quando menos se espera."
Texto de Ruy Gardnier, AQUI





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segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Nosso Lar

27/08/2011, Sábado - Horário 19:00
28/08/2011, Domingo - Horário 18:00


Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 105min
Ano: 2010
País: Brasil
Gênero: Drama





















Direção: Wagner de Assis
Produção: Iafa Britz 
Roteiro: Wagner de Assis 
Música: Philip Glass
Direção de Arte: Lia Renha
Figurino: Luciana Buarque
Direção de Fotografia: Ueli Steiger
Edição: Marcelo Moraes
Elenco: Renato Prieto
             Othon Bastos
             Ana Rosa
             Paulo Goulart
             Werner Schünemann
             Fernando Alves Pinto
             Rodrigo dos Santos
             Inez Viana
             Rosanne Mulholland

Fonte: WIKIPEDIA

          Ao despertar no Mundo Espiritual, André Luiz se depara com criaturas assustadoras e sombrias vivendo, juntamente com ele, neste lugar escuro e sombrio. Além disso, ele também se assusta por perceber que apesar de ter "morrido" ele ainda continua vivo e ainda sente fome, sede, frio e outras sensações materiais. Após um longo período de sofrimento ele é recolhido dessa zona de sofrimento e purgação de falhas do passado por espíritos do bem e é levado para a Colônia Espiritual Nosso Lar, de onde surge o nome do filme. A partir desse momento ele começa a conhecer melhor a vida no além-túmulo e a aprender lições e adquirir conhecimentos que mudarão completamente o seu modo de enxergar a vida.




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sábado, 20 de agosto de 2011

Rancor - Edward Dmytryk

24/08/2011, Quarta-Feira - Horário 20:00



















Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 86min
Ano: 1947
País: EUA
Gênero: Policial

Direção: Edward Dmytryk
Produção: Adrian Scott
Roteiro: John Paxton
Musica: Roy Webb
Direção de Fotografia: J. Roy Hunt
Montagem: Harry Gerstad
Elenco: Robert Young...........Finlay
            Robert Mitchum .......Keeley
            Robert Ryan ............Montgomery
            Gloria Grahame .......Ginny
            Paul Kelly ...............O Homem
            Sam Levene ............Samuels
           
          Policial investiga um assassinato aparentemente motivado por ódio racial, a suspeita recai sobre quatro soldados.

          "Rancor possui qualidades, graças à criatividade de Edward Dmytryk, que investiu a maior parte do orçamento na contratação de bons atores, reduzindo ao máximo os gastos com cenários e iluminação, o que propiciou um clima sombrio que contribui para o sentido geral do filme. Como notou Marcel Martin, em A linguagem cinematográfica, a ação de Rancor desenrola-se inteiramente à noite e durante uma única noite; as lâmpadas desumanizam os semblantes e retrabalham as superfícies em manchas brilhantes ou obscuras, numa utilização brutal da luz que gera um asfixiante mal-estar. O filme já abre com o crime, visto à maneira de um teatro de sombras, projetadas na parede da sala do apartamento da vítima."
Texto de Luiz Nazário, AQUI


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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

O Bandido da Luz Vermelha

20/08/2011, Sábado - Horário 19:00



Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 92min
Ano: 1968
País: Brasil
Gênero: Policial
Direção e Roteiro: Rogério Sganzerla
Direção de Fotografia: Peter Overbeck
Câmera: Carlos Alberto Ebert
Técnico de Som: Julio Perez Caballar
Montagem: Sylvio Renoldi
Elenco: Paulo Villaça..............Jorge, o bandido da luz vermelha
              Helena Ignez..............Janete Jane
              Sérgio Hingst.............milionário
              Luiz Linhares.............delegado Cabeção
              Sônia Braga...............vítima
              Ítala Nandi.................vítima
              Hélio Aguiar...............narrador
              Mara Duval................narradora
              Pagano Sobrinho........J.B. da Silva
              Roberto Luna.............Lucho Gatica
              Sérgio Mamberti.........passageiro do táxi
              Carlos Reichenbach....homem que sai do cinema
              Renato Consorte........apresentador de televisão
              Maurice Capovilla......gângster

Fonte: Cinemateca Brasileira

 
          "O Bandido da Luz Vermelha é um intenso diálogo com o cinema, com o dado cultural em geral (quadrinhos, tv, música popular), com o Brasil em época de crise. As convulsões do país não se manifestam numa transposição metafórica, como no belo e lírico Terra em Transe. O sintoma em lugar do símbolo. Um bandido em lugar de um poeta. Cada elemento do filme diz essa convulsão, que não é só política, é total, pois que o político nada mais é que o viver-junto. O próprio filme como produto de um país pobre, periférico, em crise. Depois da estética da fome, a estética do lixo."

          "Ao multiplicar as referências ao cinema de Godard, Sganzerla faz mais que uma deglutição carnavalesca, inversão paródica de um cinema de primeiro mundo, esteticamente ambicioso. Para além da erudições de cinéfilo e das marcas de filiação, trava um diálogo sobre as condições de se fazer arte num país periférico. Vivendo num país semi-industrial do terceiro mundo, apenas nos resta fazer cinema com os restos do primeiro. Um cinema da gambiarra, do gatilho, da recuperação."
Texto de Carim Azeddine, AQUI





Um curta sobre o filme: A Vermelha Luz do Bandido - Direção: Pedro Jorge
               

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sábado, 13 de agosto de 2011

Literatura e Cinema

17/08/2011, Quarta-Feira - Horário 20:00



















Duração da Sessão: 87 min.

          "Literatura e Cinema são artes que se interpolam e este programa traz bons exemplos disso. No filme A João Guimarães Rosa, mestre Roberto Santos enfoca o sertão eternizado pela obra do autor de "Grande Sertão: Veredas". A Moça que Dançou Depois de Morta traz a literatura de cordel transformada em cinema de animação, enquanto Biografia do Tempo promove uma mescla da obra de Santiago Alvarez e Pedro Nava. Em Françoise e Transubstancial, Luiz Vilela e Augusto dos Anjos são respectivamente celebrados por cineastas de seus estados de origem. Imensidade engendrada uma interessante experimentação sócio-poética ao fazer declamar Castro Alves em plena Praça da Sé. Em Meu nome é Paulo Lemiski, a obra do poeta paranaense serve de fonte de conflito entre pais e filhos. Trabalhos díspares que demonstram as possibilidades múltiplas da adaptação literário-cinematográfica."



A João Guimarães Rosa de Marcelo G. Tassara
   SP, 1968, Animação, PB, 9 min.

A Moça que Dançou Depois de Morta de Ítalo Cajueiro
   DF, 2003, Animação, Colorido, 11 min.

Biografia do Tempo de Joana Oliveira e Marcos Pimentel
   MG, 2004, Documentário, Colorido, 8 min.

Françoise de Rafael Conde
   MG, 2001, Ficção, Colorido, 22 min.

Imensidade de Amilcar Monteiro Claro
   SP, 2003, Ficção, Colorido, 15 min.

Meu Nome é Paulo LeminsKi de Cezar Migliorin
   RJ, 2004, Experimental, PB, 5 min.

Transubstancial de Torquato Joel
   PB, 2003, Ficção, Colorido, 17 min.


Fonte: Programadora Brasil

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Mostra Zé do Caixão - A Encarnação do Demônio

13/08/2011, Sábado - Horário 19:00


Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 94min
Ano: 2008
País: Brasil
Gênero: Terror

Direção: José Mojica Marins
Roteiro: José Mojica Marins
               Dennison Ramalho
Música: André Abujamra
               Marcio Nigro
Diretor de Arte: Cassio Amarante
Direção de Fotografia: José Roberto Eliezer
Montagem: Paulo Sacramento
Som Direto: Louis Robin
Mixagem: Armando Torres Jr.
Produção: Paulo Sacramento
                  Fabiano Gullane
                  Caio Gullane
                  Debora Ivanov  

Elenco: José Mojica Marins.................Josefel Zanatas/ Zé do Caixão
             Jece Valadão..........................Coronel Claudiomiro Pontes
             Adriano Stuart........................Capitão Osvaldo Pontes
             Milhem Cortaz........................Padre Eugênio
             Rui Resende...........................Bruno
             José Celso Martinez Corrêa...O Mistificador
             Cristina Aché.........................Lucy Pontes
             Helena Ignez..........................Cabíria
             Débora Muniz........................Lucrécia
             Giulio Lopes..........................Mário
             Eduardo Chagas....................Emiliano
             Luís Melo..............................Seu Américo
             Raymond Castile....................Zé do Caixão jovem

Fonte: Cinemateca Brasileira

          "Após quarenta anos preso numa cela para doentes mentais, Zé do Caixão é finalmente libertado. Novamente em contato com as ruas, o sádico coveiro está decidido a cumprir a mesma meta que o levou preso: encontrar a mulher que possa lhe gerar um filho perfeito. Em seu caminho pela cidade de São Paulo, deixa um rastro de horror, enfrentando leis não naturais e crendices populares."

          "Se as cenas de torturas e sangue, por exemplo, escapam ao fetichismo (que é a sensação da série Jogos Mortais), é porque elas não são concebidas como uma câmara de tortura para um espectador voyeur e sádico, mas como um delírio, um pesadelo. O próprio personagem/diretor seria um maestro de cenas extremas, que impressionam mais pela plasticidade e agressão, do que pela mera e simples crueldade. Cenas como a mulher saindo da barriga do porco e a cena de sexo inundada por sangue, ou mesmo o purgatório com Zé Celso Martinez, aproximam mais o diretor da parceria Luis Buñuel e Salvador Dali do que desses recentes filmes de horror de tortura, porque o horror vem pela via das imagens absurdas (e até do sarcástico), não da mera representação da dor e da psicose. "
Texto de Francis Vogner dos Reis, AQUI





Site Oficial do Filme, AQUI
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terça-feira, 9 de agosto de 2011

Mostra Zé do Caixão - De Gibi à Marchinha de Carnaval

Como todo personagem de grande sucesso, Zé do Caixão também extrapolou a sua mídia original e gerou um sem número de subprodutos. O personagem estrelou quadrinhos, programas de rádio, de tv, peças de publicidade, livros, saiu candidato a vereador, teve um carro apelidado com seu nome, e até marchinha de carnaval ele gravou. Ah, o boneco ao lado foi confeccionado por um fã, nunca foi comercializado.

         



Escola de Atores - Antes mesmo de criar o personagem Zé do Caixão, José Mojica Marins descolava algum dinheiro dando aulas de interpretação. Depois do sucesso do personagem, vez ou outra ele abria um de seus cursos, famosos por utilizarem metódos não muito ortodoxos de ensino. Saiba mais AQUI



          Quadrinhos - Um dos mais interessantes desdobramentos do personagem Zé do Caixão foi na área das histórias em quadrinhos, um movimento natural pra quem com certeza também foi influenciado pelos gibis de terror, que muito sucesso faziam no Brasil. Os responsáveis pela adaptação foram R.F. Lucchetti e Nico Rosso, dois mestres dos quadrinhos de terror, e que acaram revolucionando o gênero ao trazer uma temática mais próxima dos costumes brasileiros.


          "Das aldeias, castelos e bosques europeus às cidades, morros e cemitérios brasileiros. Dos vampiros e monstros das lendas e tradições européias às feiticeiras desdentadas e aos demônios mulatos das crenças brasileiras (...) a dupla criou um universo terrorífico auten ticamente nacional. Revelou para o público o terror do cotidiano, marcado por conteúdo social; expôs, em algumas histórias, problemas e verdades que, naquele período (um dos mais repressivos do regime militar), não podiam ser mostrados."
Texto de Alexandre Agabiti, AQUI.





















Para Saber Mais Sobre os Quadrinhos do Zé do aixão, clique AQUI, e AQUI
Para baixar uma edição de O Estranho Mundo de Zé do Caixão, clique AQUI










Marchinha de Carnaval - Nos anos 60, o sucesso do personagem era tão grande que ele chergou até a gravar pro carnaval:


Para saber mais sobre a faceta de compositor de José Mojica Marins, clique AQUI


          Deputado Zé do Caixão - Num período em que não conseguia mais filmar e o interesse pelo personagem havia arrefecido, Mojica resolveu apelar feio, e se tornou candidato político, como deputado e como vereador. Não foi eleito.






Televisão - Algumas vezes, Zé do Caixão levou sua figura para a telinha, estando atualmente com um programa de entrevistas no Canal Brasil.
Para saber mais sobre a carreira televisiva de Zé do Caixão, clique AQUI e AQUI






Essa é a pinga da Zé do Caixão e
realmente chegou a ser comercializada.


Na época, até um carro da Volkswagen foi
apelidado com o nome do famoso personagem.
Talvez por conta disso não tenha feito muito sucesso.
Saiba mais sobre a história VW 1600, AQUI

domingo, 7 de agosto de 2011

Mostra Zé do Caixão - O Despertar da Besta (Ritual dos Sádicos)

10/08/2011, Quarta-Feira - Horário 20:00


Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 92min
Ano: 1969
País: Brasil
Gênero: Terror


Direção: José Mojica Marins
Produção: José Mojica Marins
                  Giorgio Attili
                  George Michel Serkeis
Direção de Fotografia: Giorgio Attili
Montagem: Luis Elias
Direção de Arte: Graveto
Roteiro: R. F. Lucchetti
Elenco: José Mojica Marins
              Sérgio Hingst
              Ozualdo Candeias
              Mário Lima
              Ítala Nandi
              Andréa Bryan
              Carlos Reichenbach
              Jairo Ferreira
              Graveto

Fonte: Cinemateca Brasileira

          "Ritual dos Sádicos é, talvez, o principal culpado da deterioração da carreira de José Mojica Marins no cinema. O cineasta estava no auge em 1969, quando o filme foi rodado e finalizado. Além do cinema, tinha um programa de TV bem sucedido e uma revista em quadrinhos. Mas, em 1969, a censura estava mais rigorosa: o AI-5 já havia sido outorgado, e a obra-prima de Mojica Marins não foi vista com bons olhos. O longa foi vetado e proibido de ser exibido nos cinemas, não importava o quanto os envolvidos recorressem na justiça. Mais uma vez durante a carreira, a alcunha de maldito foi-lhe dada."
Texto de Gabriel Carneiro, AQUI

          "O rompimento definitivo com a narrativa formal, na obra de Mojica, acontece com O despertar da besta (Ritual dos sádicos) a incisiva ópera urbana que situa Zé do Caixão em uma dimensão mágica, como um ser intangível e onipresente, no Tudo e no Nada, numa espécie de tradução em celulóide do movimento Tropicalista, transformando acid trip em egotrip. Petulante e grandiloqüente, o longa abusa do metacinema subversivo para compor um Zé do Caixão mais alucinógeno que o LSD, mais delirante que o rock psicodélico, mais transgressor que o Teatro Oficina e mais violento que a polícia. Se Hitchcock utilizava a câmera como instrumento de manipulação de seus medos e obsessões, Mojica a empunha como uma ferramenta de agressão àqueles que o tratam como ignorante e iletrado. Em À meia-noite levarei sua alma, ele zomba do povo supersticioso; em Esta noite encarnarei no teu cadáver, vinga-se da baixa-burguesia. À época de O despertar da besta, quando tortura, espancamento e homicídios arbitrários – terrores típicos de um Zé do Caixão – haviam se tornado práticas oficiais do Estado, o personagem ascendeu à categoria de ser inatingível."
Texto de Carlos Primati, AQUI




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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Mostra Zé do Caixão - Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver

06/08/2011, Sábado - Horário 19:00




















Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 84min
Ano: 1966
País: Brasil
Gênero: Terror


Direção e Roteiro: José Mojica Marins
Direção de Produção: Antonio Fracari
Diálogos: Aldenora de Sá Porto
Direção de Fotografia: Giorgio Attili
Montagem: Luis Elias
Técnico de som: Eteócles Leal
Cenografia: José Vedovato
Elenco: José Mojica Marins......Zé do Caixão
              Roque Rodrigues.........Coronel
              Nádia Freitas...............Márcia
              Tina Wohlers...............Laura
              William Morgan
              Nivaldo de Lima
              Tânia Mendonça
              Oswaldo de Souza
              Arlete Brazolin
              Graveto

          "Após sobreviver ao ataque sobrenatural do final de “À Meia Noite Levarei Sua Alma” Zé do Caixão continua na busca obsessiva da mulher ideal capaz de gerar o filho perfeito. Com a ajuda do fiel criado Bruno, ele rapta seis belas moças, submetendo-as às mais terríveis torturas. Só a mais corajosa sobreviverá ao teste e poderá ser a mãe de seu filho. Mas Zé comete um crime imperdoável ao assassinar uma moça grávida. Atormentado pela culpa de ter morto uma mulher inocente, ele sofre um pesadelo no qual é levado para um inferno gelado, onde reencontra suas vítimas - numa espetacular sequência em cores, com cerca de 8 minutos."

Fonte: Cinemateca Brasileira



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Site Oficial de José Mojica Marins, AQUI

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Mostra Zé do Caixão - À Meia-Noite Levarei a Sua Alma

03/08/2011, Quarta-Feira - Horário 20:00




















Longa-metragem / Sonoro / Ficção
Duração: 84min
Ano: 1964
País: Brasil
Gênero: Terror

Direção e Roteiro: José Mojica Marins
Direção de Produção: Nelson Gasparini
Direção de Fotografia: Giorgio Attili
Montagem: Luis Elias
Cenografia: José Vedovato
Elenco: José Mojica Marins.....Zé do Caixão
              Magda Mei..............Terezinha
              Nivaldo de Lima........Antonio
              Valéria Vasquez........Lenita
              Ilídio Martins.........Dr. Rodolfo
              Arildo Iruam
              Genê Carvalho
              Vânia Rangel
              Graveto

Fonte: Cinemateca Brasileira

          "Zé do Caixão, na expectativa de gerar um filho perfeito, não hesita em assassinar as mulheres e os homens que involuntariamente impedem a concretização de seu desejo. Uma cigana, contudo, prediz o terrível castigo que o vitimará. Descrente, continua fazendo vítimas e reclama a ausência de um filho, desafia os demônios a buscarem sua alma, como prova de um castigo no qual não crê."



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Mostra Zé do Caixão - O Personagem


          "Surgido de um país sem nenhuma tradição (seja cinematográfica ou literária) no horror, o coveiro interiorano teve sua saga representada na grande trilogia do cinema fantástico nacional: À Meia-Noite Levarei Sua Alma (1964), Esta Noite Encarnarei no Teu Cadáver (1966), A Encarnação do Demônio (2008), além de fazer aparições não-canônicas (fora de sua história principal) em mais quatro obras: O Estranho Mundo de Zé do Caixão (1968, aonde ele apresenta as histórias e é o personagem principal da última delas – ou será que o nome Oaxiac Odez engana alguém?), Ritual de Sádicos (1969, que versa sobre o impacto do personagem nas pessoas), Exorcismo Negro (1974, sobre a criatura e o criador Zé do Caixão) e Delírios de um Anormal (1978, sobre os pesadelos que o personagem provoca). Acrescento a isso as aparições na TV como apresentador das séries Além, muito além do Além e O Estranho Mundo de Zé do Caixão (que infelizmente não foram preservadas para a posteridade)."

          "Tem uma origem comum a vários personagens clássicos da arte fantástica, um pesadelo de seu criador, assim como nasceram Drácula, Frankenstein, mr. Hyde e tantos outros. Ao contrário dos personagens criados até então, ele é totalmente brasileiro, em ambientação, caráter e raciocínios, não parece um conde europeu perdido por aqui. Segundo o cineasta (e cinéfilo) Carlos Reichenbach, trata-se de um dos dois grandes personagens trágicos do cinema brasileiro (o outro sendo Antônio das Mortes). É um dos únicos personagens brasileiros discutidos a sério (e sem exotismo) pela crítica cinematográfica estrangeira, pelo menos a voltada ao cinema fantástico. Também é personagem de gibis, livros, capas de disco (como a do segundo LP de Zé Ramalho, de 1980) e músicas (só do Sepultura são duas: Rathamatta e a já citada Prelúdio)."
Texto de Carlos Thomaz Albornoz, AQUI



           "Mojica criou escola: seu horror é genuíno e influenciado pela cultura cabocla, pelas lendas e superstições brasileiras. A base de seu horror é o grotesco levado ao extremo, ou seja, aquilo que causa, em gradações tensas de aversão, um efeito repulsivo. Esta é a marca do cinema autoral de Mojica. Esse horror grotesco extremado e autoral é calcado em estratégias discursivas que fazem de seu cinema um conjunto de enunciados fundados em um estilo inusitado e particular, edificado por um enunciador preocupado em engendrar uma estética que, se de um lado desequilibra e desestrutura o modo do cinema em conceber as narrativas, por outro, procura inovar pelo viés do experimentalismo radical de sua obra."
Texto de Odair José Moreira da Silva, AQUI


          "O foco de tantas críticas na pobreza de recursos técnicos não explica e nem consegue conceber a riqueza e sutileza com que o diretor aborda os dilemas morais do protagonista. Tais dilemas éticos apontam para o dilema estético, enfrentado como poucos por Mojica, ao representar a amoralidade, ainda que do ponto de vista de uma moral (católica, brasileira, etc.). A riqueza de possibilidades colocada por essas questões desdobra-se de formas múltiplas nos diversos filmes protagonizados por Zé do Caixão, desafiando nossa capacidade interpretativa. Ao mesmo tempo, essas múltiplas histórias inspiram nossa imaginação e perpetuam o coveiro no nosso imaginário."
Texto de Marko Monteiro, AQUI


Site Oficial de Zé do Caixão, AQUI
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